Quem é esta

Quem é esta que avança como a aurora, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército em ordem de batalha?

29 de outubro de 2020

Nossa Senhora e a Igreja dividida

 


    Estamos assistindo ao esfacelamento da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Atualmente há um movimento voltado para negar a legitimidade do papa e do concílio Vaticano II. Nossa reflexão é direcionada à tradição apostólica e a representatividade do papa em relação a Jesus Cristo. É o papado que vem ao longo dos tempos representando Pedro a quem Jesus confiou a sua Igreja.
    A Santa Missa está sendo desacreditada em favor da "missa verdadeira" que é a missa tridentina de São Pio X. Não se pode desvalorizar essa missa pré-concilio Vaticano II, mesmo porque ela continua sendo válida. No entanto, há um grande movimento para dividir a Igreja que leva a espalhar o erro de que a missa no idioma das pessoas, no vernáculo, chamada por esses separatistas de missa nova ou missa protestanizada, é inválida e também que todas as decisões dos papas pós-conciliares são inválidas. Esse erro espalha que o concílio Vaticano II, tem que ser anulado e que todas as decisões tomadas após ele precisam ser validadas por um outro concílio após a restauração da Igreja. As pessoas que participam desse movimento alegam, por exemplo, que todas as canonizações aprovadas de João XXIII para cá terão que serem anuladas ou revalidadas após a restauração da verdadeira Igreja Católica que deverá voltar ao período pré-concilio Vaticano II.
     Há erros que nos induz a escolher a falsa Igreja católica, incluindo mensagens de Nossa Senhora em duvidosas aparições. Jamais Nossa Senhora teria o papel de dividir a Igreja. É bom que fiquemos atentos, pois o diabo tem como papel principal a divisão. Essas pessoas que pregam a restauração da Santa Igreja, são bem formadas e têm um alto preparo intelectual, são padres, bispos, arcebispos, cardeais, monges, religiosos e religiosas e pessoas católicas tradicionalistas, eles acham que a tradição salva.
    Se rezar a missa em latim, com o sacerdote virado para o altar, define o seguimento de Jesus, eles também estão errados, porque tanto a santa ceia, onde Jesus instituiu a eucaristia foi celebrada numa "mesa", como a língua usada foi o aramaico, como também podemos ler nos Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo que a ceia era celebrada, normalmente na língua de cada povo. O latim entrou como língua oficial da Igreja Católica quando o Imperador Teodósio, no Édito de Tessalônica, ano 380, fez batizar todo o Império Romano. Já em 313, o imperador Constantino havia publicado o Édito de Milão que concedia a liberdade a seus súditos para cultuar qualquer deus no Império.
    No meu entender a verdadeira Igreja de Jesus é a que guarda a fé e a tradição dos apóstolos, hoje representada pelo Santo Padre o Papa Francisco. Eu digo como Jesus: "guardai-vos do fermento dos fariseus que é a hipocrisia", Lc 12,1. Jesus não veio para os santos, Ele veio para os pecadores.
    Também devemos prestar atenção nas ditas mensagens de Nossa Senhora que apresentam uma Igreja verdadeira e uma falsa Igreja. Não existe essa divisão dentro da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Quem se desgarrar é que cairá na igreja falsificada e já não faz mais parte da Igreja. Reforço ainda que o rito tridentino continua sendo válido para a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, mas se servir como elemento de divisão, então é inválido.
    Lembrar que Jesus é a videira e nós somos os ramos. Os ramos que não se alimentam da seiva da videira secam e devem ser cortados, pois não têm mais vida em si.
    Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores.

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